O método de educação da escuta ativa tem por intenção promover uma comunicação de qualidade e, como consequência, o fortalecimento dos vínculos entre adultos e crianças. A ideia principal é a de que os professores, pais e demais responsáveis devem se colocar em uma posição de abertura, empatia, respeito e atenção plena ao que os pequenos sentem, pensam e dizem.
Vale destacar que o ato comunicativo se dá de múltiplas maneiras, que extrapolam a linguagem verbal. Assim, as crianças podem se manifestar por meio do corpo, de desenhos e demais brincadeiras, mas também pelas birras, silêncios ou mudanças súbitas de comportamento.
Quer saber mais sobre escuta ativa e estabelecer uma conexão profunda com os seus filhos? Confira abaixo o que é, quais são os seus principais benefícios e como os pais podem aplicá-la na criação dos pequenos!
O que é a escuta ativa?
A escuta ativa, enquanto método de educação, foi desenvolvida pelos psicólogos norte-americanos Richard E. Farson e Carl Rogers em 1957. A ideia central pode parecer óbvia e até simples demais (mas, acredite, com frequência ela é esquecida): as crianças tem uma maneira própria de pensar, sentir e agir no mundo, isto é, diferente da dos adultos.
Por essa razão, somos nós que devemos nos deslocar, buscando compreender o ponto de vista delas, e não esperar, ou exigir, que elas reproduzam nossas condutas. Isso não significa perda de autoridade, ao contrário, quando a comunicação entre pais e filhos tem como base a compreensão, o respeito e a empatia, a tendência é a de que os pequenos corrijam, com mais facilidade e por vontade própria, atitudes inadequadas.
Quais são os seus benefícios?
São muitos os benefícios proporcionados pela escuta ativa às crianças e às famílias como um todo. A seguir, listamos alguns deles:
- desenvolve uma conexão profunda entre os pais e os filhos;
- fortalece a autoestima e a autoconfiança dos pequenos;
- garante a autoridade e o respeito, sem infundir em medo;
- possibilita maior compreensão dos adultos a respeito das birras ou das mudanças bruscas de comportamento;
- superação do egocentrismo (afinal, criança que foi ouvida e respeitada, cresce sabendo ouvir e respeitar o outro);
- os filhos aprendem a comunicar melhor os seus sentimentos e avaliar suas atitudes;
- desenvolve habilidades socioemocionais importantes para a vida adulta, tais como resolução de conflitos, empatia, valorização da diversidade e muitas outras.
Como colocá-la em prática com os filhos?
Que a criação pautada na escuta ativa promove um ambiente propício para o desenvolvimento saudável das crianças, já não restam dúvidas, não é mesmo? Então, vamos agora entender melhor como colocar isso em prática. Siga as próximas dicas!
Tenha disposição psicológica
Se prepare para ouvir atentamente o seu filho, estando aberto para compreender o que ele está dizendo, sem juízo de valor. Busque ir além das palavras, conecte-se com os seus sentimentos.
Olhe nos olhos
Estabeleça contato visual durante toda a conversa, prestando atenção nos gestos e expressões. Se a criança for mais baixa que você, não hesite em se ajoelhar.
Comente, afirme ou resuma
Demonstre que você está verdadeiramente ouvindo por meio de comentários. Uma boa técnica é parafrasear ou resumir o que está sendo dito, de forma a garantir que está entendendo a mensagem de forma correta.
Faça perguntas abertas
Evite aqueles questionamentos cujo retorno se resume a “sim” ou “não”. As perguntas abertas são interessantes porque você obtém uma resposta mais desenvolvida do seu filho, dando maior abertura para ele se expressar.
Pais e filhos mais próximos, estabelecendo uma convivência tranquila, respeitosa e amorosa, e crianças sentindo-se validadas em seus sentimentos e opiniões, de modo a desenvolverem habilidades socioemocionais fundamentais para o mundo adulto, são razões mais do que suficientes para incorporar hoje mesmo a escuta ativa no cotidiano de sua família.
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