A puberdade é indicada por muitos pais como o período mais difícil de relacionamento com os jovens. Apesar de ser uma fasedesafiadorapara ambos, é essencial criar laços afetivos e saber como lidar com a pré-adolescência,ajudando seu(sua) filho(a) com conselhos necessáriospara enfrentar tantas descobertas.Por ser um momentoem que adolescentes e pais redescobrem seus propósitos, há muitos atritos na relação familiar: ainda que os responsáveis encarem o(a) filho(a) como uma criança dependente, o(a) jovem já sente a necessidade de ter suas próprias escolhas e privacidade.Além das mudanças corporais e hormonais, o(a) adolescente passa por grandes transformaçõesem um pequeno espaço de tempo, tendo novos interesses equerendo conhecer outras pessoas e ambientes.Se você está passando por esse momento e quer saber mais sobre o tema, continue lendo este conteúdo, pois vamos te ajudar com algumas dicas — como impor alguns limites, saber a hora de conversar sobre determinados assuntos, demonstrar atitudes positivas, não deixar que o dilema prejudique os estudos e investir em mais tempo junto!Os desafios da pré-adolescência para os paisA primeira dificuldade dos pais é de identificar quando essa fase começa.Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência acontece dos 10 aos 19 anos de idade. Porém, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz que a faixa etária é dos 12 aos 18 anos. Dessa forma, fica difícil estabelecer regras para o início da pré-adolescência.Normalmente, a transição entre a infância e a adolescência (a chamada fase de pré-adolescência) começa por volta dos 10 anos de idade, quando a segunda infância termina, e pode se estender até os 14 anos, quando a puberdade se intensifica.A melhor maneira de identificar essa fase é observar as mudanças físicase as alterações comportamentais bruscas. Os pais começarão a perceber que, de uma hora para a outra, a criança não cumpre mais as regras, começa a reclamar de tudo e ter atitudes que ela nunca teve.Muitos começam a implicar com irmãos mais novos e serefugiarem no celulare no computador. Esses são grandes indícios de que o(a) seu(sua) filho(a) não é mais uma criança. Mas fique calmo(a): há uma série de dicas que auxiliam você a lidar com a situação, mantendo um canal de comunicação aberto com o(a) jovem!Dicas para os pais aprenderem a lidar com essa faseCada fase do(a) filho(a) demanda um tipo diferente de cuidado. Em alguns momentos, há um excesso de carência e necessidade;em outros, a paciência deverá ser exercida de forma exaustiva, e há ainda aquelesmomentos em que os pais deverão deixar os filhos mais livres.Independentemente da fase, o mais importante é fortalecer a conversa e entender que cada pessoa reage de uma maneira a determinadas situações. Confira algumas dicas para suavizar esse momento.Entenda o momento pelo qual o(a)seu(sua) filho(a)passaNessa fase, os conflitos e brigas entre pais e filhos surgem, na maior parte das vezes, pela falta de compreensão dos responsáveis em entender que os filhos não se enxergam mais como crianças. Por isso, sempre que os adultos tratam os jovens como crianças, eles reagem com revolta.É preciso que os genitores entendam que o(a) filho(a) está criando uma identidade própria na pré-adolescência, e essa transição precisa ser respeitada. Em alguns momentos, o(a) jovem terá atitudes infantis, enquanto,em outros, ele(a) buscará se espelhar nas atitudes dos mais velhos.Mantenha um canal de relacionamento abertoQuando os filhos são crianças, eles enxergam nos pais o porto seguro de suas vidas. Mas essa situação pode começar a mudar na pré-adolescência, já que,com tantas dúvidas, mudanças e medos, os jovens tendem a se distanciar dos pais.Nesse momento, os responsáveis precisam fortalecer o canal de relacionamento com os filhos, mostrando que entendem a transição, que os respeitam de igual para igual e que eles estão ali sempre que precisar. Se o(a) jovem for tratado(a) como uma criança, ele(a) procurará outras pessoas para conversar sobre suas inseguranças.Saiba a hora certa de conversar sobre os assuntosNão há nada melhor para manter um canal aberto de diálogo do que respeitar as suas histórias e a experiência do(da) jovem. Para isso, é importante saber quando conversar sobre assunto sérios, em vez de simplesmente castigar seu(sua) filho(a) após uma ação contestável.Você deve compreender que ele(a) está passando por um período conturbado. Porém, não se esqueça de estabelecer regras e de deixar o(a) adolescente a par da situação, sempre que possível.Ensine seu(sua)filho(a) a dizer nãoQuanto mais liberdade, mais situações serão vivenciadas pelo(a) pré-adolescente, e a melhor forma de zelar por ele(a) é conversando e ensinando-o(a) a dizer não.É nessa fase que o(a)jovem começará a ter contato com ofertas não tão positivas e, se não houver uma conversa franca sobre os perigos e os motivos pelos quais ele(a) deve rejeitar um cigarro, por exemplo, ele(a) vaiaceitar pela novidade, a experiência, e desrespeitar a proibição.O(A) pré-adolescente precisa entender que, com o crescimento e liberdade, também vêm as responsabilidades, e que elas têm consequências.Explique que as pressões de falsos amigos sempre vão existir, mas que ele(a) não precisa provar nada para ninguém para ser aceito(a) em um grupo. Ao trabalharainteligência emocionaldesde cedo, será mais fácil que o(a) jovem saiba se posicionar.Não minimize seus sentimentosÉ muito comum que os adultos minimizem os sentimentos dos jovens e, com isso, os pré-adolescentes acabam se afastando dos pais. Quando crianças, eles não precisavam lidar com uma série de sentimentos e frustrações que começam a aparecer na adolescência. Além das novas experiências, os jovens estão sendo tomados por hormônios que alteram o humor e, por isso, um simples “não” consegue se tornar uma tragédia na vida deles.Nós, adultos, já passamos por tudo isso e sabemos que nenhum problema é tão grande que não possa ser solucionado, mas, para o(a) adolescente, isso realmente significa o fim do mundo. Assim, pais devem ser compreensivos e entendero problema dos jovens, tratando-os com respeito e não desvalorizando ou minimizando suas angústias.Frases como“Deixa de drama”, “Isso vai passar logo” ou “Não chore por isso” só intensificam a sensação de insegurança e faz com que os filhos se distanciemdos pais.O melhor caminho é ter uma conversa franca dizendo que entende os seus sentimentos, mas que não há motivos para desespero, pois, assim como os problemas vieram, eles vão passar. As frustrações nessa fase são importantes, afinal, ajudam no amadurecimento e tornam as pessoas mais fortes e resilientes.Imponha limitesToda fase precisa de limites, mas essa em especial precisa de uma atenção maior. Nesse período, o(a) jovem está se preparando para a fase adulta e precisa ser preparado(a) para se responsabilizar por seus atos e terautonomia sobre suavida no futuro.Na pré-adolescência, o(a) filho(a) começa a sair sozinho(a), faz núcleos de amizades diferentes, começa a ter interesse amorosoem outras pessoas e, se não houver limites claros, o(a) adolescente pode se perder.Com novos direitos, surgem novos deveres, que precisarão ser impostos e testados conforme o(a) jovem for apresentando boas atitudes.Invista em mais tempo juntoA pré-adolescência é a fase em que os filhos acham que andar com os pais e demonstrarsentimentos é chato e um “mico”. Deixe essas reclamações de lado e invista em mais tempo com eles.Por estarem em transição, é normal que eles não queiram mais fazer as mesmas atividades, mas sugiramnovos hobbiesque tenham mais a ver com a idade. Vá ao cinema, façanovos esportes,assista ao futebol, faça compras com eles e crie momentos que serão lembrados por toda a vida.Não deixe que afete os estudosA puberdade não é uma fase fácil e, para ter certeza sobre esse ponto, basta voltar às suas lembranças: pense no que você sentiu na época de pré-adolescência e adolescência. São muitos sentimentos e pouca certeza sobre o futuro, não é mesmo?No entanto, cabe aos pais o duplo papel de apoiar os filhos nesse período e, também, de não deixar que a euforia adolescente atrapalhe o desempenho escolar. Para isso, organize com o(a) jovem uma rotina de estudos e determine com ele(ela) os horários para cada atividade pedagógica.Deixe o semblante neutro ao ouvir as históriasQuando seu(sua) filho(a) confia em você para contar sobre experiências, suavize o seu semblante e mostre para o(a) jovem que acredita nele(nela) e que respeita a fase pela qual ele(ela) está passando.Em um primeiro momento, no entanto, é importante prestar atenção aos detalhes e não fazer julgamentos precipitados, pois a interferência indevida pode afastar você do(a) pré-adolescente.Converse olhando nos olhosO item anterior nos traz a este: conversar olhando nos olhos do(da) jovem é uma forma de demonstrar a sua empatia por ele(ela). O gesto deve transparecer que você se importa pelos sentimentos dele(dela), uma vez que essa fase é conturbada e tende a gerar bastante aflição nos pré-adolescentes.Outra dica é sempre agir com gentileza e calma na hora de ter uma conversa séria com seu(sua) filho(a), dando-lhe o exemplo para que responda no mesmo tom respeitoso.Demonstre atitudes positivasVocê quer ter um diálogo próximo a seu(sua) filho(a) e cobrar dele(dela) algumas regras necessárias para a convivência em casa, não é mesmo? Para isso, demonstre atitudes positivas, ainda que o(a) jovem cometa erro. O seu gesto provoca mais autoconfiança no(na) adolescente e demonstra a sua empatia diante da fase conturbada dele(dela).Uma dica é dizer para ele(ela): "Compreendo que está chateado(a), mas o problema não será resolvido assim: como eu posso ajudar você a solucionar isso?". Ficar ao lado de seu(sua) filho(a) é primordial, já que você é uma figura exemplar em casa e já passou pela pré-adolescência.Mesmo que essa fase seja turbulenta, ela apresenta muitos ensinamentos e progressos. Todas asfamíliaspassam por essas situações ecada uma lida de uma forma diferente com os desafios apresentados. Lembre-se deque a pré-adolescênciavai passar, como todas as outras fases, e tente tirar o melhor aproveitamentodela.Neste conteúdo, você aprendeu quando se dá a pré-adolescência e percebeu que algumas dicas são valiosas para manter uma boa relação nessa fase, a exemplo de saber quando conversar sobre determinados assuntos, impor alguns limites, demonstrar atitudes positivas e passar mais tempo juntos.Gostou do nosso post e aprendeu dicas sobre como lidar com a pré-adolescência, não é mesmo? Agora,leia este artigo e descubra como ajudar seu(sua) filho(a) adolescente a vencer a timidez!