Sabia que você pode colaborar muito com o desenvolvimento da fala de seu(sua) filho(a)? A participação dos pais e da família faz toda a diferença nos primeiros anos de vida da criança. Afinal, somente por meio de interações e da convivência é possível receber os estímulos corretos para esse processo acontecer.
E não é preciso muito. Eles estão inclusos de maneira natural no dia a dia e, até mesmo, com hábitos adquiridos, como a leitura em voz alta. Além disso, supervisionar a evolução do(a) pequeno(a) quando ele(ela) começa a pronunciar as primeiras palavras é importante para identificar qualquer possibilidade de atraso.
Quer saber tudo sobre o assunto e como você pode atuar nesse momento? Continue a leitura de nosso artigo e entenda mais detalhes!
Quando a criança começa a falar?
Geralmente, a criança começa a falar palavras isoladas, como mamãe e papai, por volta de 1 ano. Nesse período, ela também diz onomatopeias, como “au-au” e “bibi”, para representar coisas que já são familiares para ela. Cerca de 6 meses depois, pode combinar duas ou mais palavras em frases curtas e simples.
Aos 2 anos, as palavras ganham verbos e outros termos. De modo que, aos 3 anos, contar pequenos trechos de histórias e cantar músicas infantis são acontecimentos naturais. Entre 4 e 5 anos, elaborar frases mais longas, usar tempos verbais e pedir informações fazem parte do dia a dia de seu(sua) filho(a).
Por fim, esse processo se conclui por volta dos 6 anos, em que as frases são ditas com desenvoltura e praticamente sem erros gramaticais. No entanto, a aquisição de vocabulário continua por muito mais tempo.
O que fazer para estimular o desenvolvimento da fala?
Os pais podem adotar algumas práticas muito simples a fim de estimular o desenvolvimento da fala da criança. As experiências diárias são essenciais na aquisição de uma linguagem rica e natural, portanto veja o que pode ser feito para alcançar esse resultado.
Responda corretamente
Quando a criança emitir alguns sons ou palavras de maneira incorreta, responda, com calma e carinho, as sílabas de maneira clara. Esse é um ótimo incentivo para o(a) pequeno(a) repetir da forma certa em seguida ou, pelo menos, do jeito mais próximo que a idade permitir.
Esse exercício faz com que ele(a) fixe melhor as palavras e comece a utilizá-las dentro do contexto correto. Além disso, a criança passa a experimentar diferentes sons e entonações e sente muito mais prazer em pronunciar a palavra.
Dê nomes aos objetos
Procure sempre dar nome aos objetos, em especial àqueles que são utilizados com mais frequência no dia a dia. Assim, a criança já começa a fazer associações adequadas e a entender o que existe no mundo ao seu redor.
Essa providência também é importante para ajudar na comunicação e na indicação de que ela quer ou precisa de alguma coisa. Ou ainda para dar algum tipo de aviso, como certo incômodo ou inconveniente.
Utilize sinais
A jornada de fala da criança pode começar também por meio de sinais. Portanto, ensine interações básicas, como dar tchau, e outras maneiras de indicar necessidades de comer, beber e dormir.
Dessa maneira, ela começa a entender o que é a comunicação e como ela funciona. Sempre quando for ensinar um novo gesto, não se esqueça de associar em voz alta a palavra que indica a ação. Assim, a criança se acostuma a compreender seu significado.
Converse bastante
Conversar com o(a) seu(sua) filho(a) é uma das maneiras mais fáceis e casuais de incentivá-lo(a) a falar. Diante disso, utilize sempre um tom afetuoso e, até mesmo, melodias e músicas para se comunicar com a criança, mesmo que ela ainda seja um bebê.
Você pode contar histórias ou indicar o que está sendo feito. Por exemplo, durante a troca de roupa, fale o nome das peças e o que o(a) pequeno(a) deve fazer, como levantar os braços ou as pernas para se vestir.
Faça leituras em voz alta
Ler em voz alta é um hábito excelente. Essa é uma forma de estimular a leitura desde a infância, além de permitir que a criança aumente seu vocabulário e tenha mais interesse em desenvolver a fala.
Comece com livros apropriados para a faixa etária, que tenham ilustrações nas quais ela possa acompanhar a história. Investir em páginas bem coloridas ajuda a chamar a atenção, e você pode ensinar outras questões nesse momento, como o nome das cores primárias ou de novos objetos e animais.
Incentive a criança a falar
Por último, procure sempre incentivar a fala. Faça perguntas didáticas que permitam respostas, ainda que superficiais ou curtas.
Quando o(a) seu(sua) filho(a) falar, complemente o que for necessário, para que possa repetir e entender a possibilidade de ampliar a mensagem. Aos poucos, ele(a) fará isso por conta própria, sem demais estímulos externos.
Quais fatores podem prejudicar esse processo?
O desenvolvimento da fala pode ser prejudicado de algumas maneiras, a começar pelo fato de que as correções não devem ser feitas com muita imposição ou autoridade. Isso só faz a criança se sentir intimidada em repetir a palavra mais tarde.
O excesso de jogos no celular e do consumo de programas de televisão também atrapalha um pouco a comunicação. Como a interação não é direta e não exige um retorno por parte da criança, ela pode sentir que não há necessidade de se manifestar eventualmente.
Outra questão importante a ser evitada é a urgência em fazer tudo antes que a própria criança peça ou indique sua necessidade. Oferecer um brinquedo sem ela demonstrar interesse ou não estimular a falar quando o(a) pequeno(a) aponta para um objeto são ações que ajudam a atrasar esse processo e deixá-lo(a) menos independente.
Diante de todos esses fatores, é possível perceber que o papel dos pais no desenvolvimento da fala do(a) filho(a) é muito importante. Sendo assim, comece a implementar essas mudanças na rotina e na convivência com as crianças e perceba o quanto o estímulo certo é valioso!
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