Incentivar a educação financeira é um passo importante no desenvolvimento de crianças e adolescentes. Afinal, em um futuro não muito distante, eles terão que cuidar sozinhos de suas próprias finanças. Se já têm um preparo e conhecimentos básicos nesse tema desde a primeira infância, as chances de enfrentarem dificuldades são bem menores.
O cartão de crédito de um lado e as condições de pagamento facilitadas de outro são um prato cheio para desafios como o endividamento. Controlar os impulsos consumistas, desenvolver a autonomia e poupar dinheiro para investir em objetivos pessoais são atitudes que os seus filhos podem aprender desde já –– e uma das formas de alcançar esse cenário é com a mesada.
Veja as dicas que preparamos sobre o tema!
Avalie a renda mensal familiar
Antes de decidir o valor mais indicado para a mesada, vale entender o orçamento familiar. Quanto é possível oferecer a seus filhos por mês? Não adianta definir a quantia e prejudicar o bom funcionamento das finanças de casa. Se preciso, organize uma planilha com os ganhos e gastos recorrentes.
Essa etapa, inclusive, pode servir para ensinar sobre educação financeira. Isso porque ter o controle dos ganhos e gastos ajuda na otimização do orçamento. Dá para descobrir aquelas despesas em que há possibilidade de economia, por exemplo. A quantia também não deve ser muito grande, para não tirar o foco do seu filho.
Crie regras
No começo, a mesada pode deixar seus filhos um pouco deslumbrados, com desejo de gastar tudo no impulso. Por isso, estipular certas regras ajuda nos ensinamentos. Não acabar com o dinheiro em doces e evitar pedir adiantamento do valor são alguns exemplos. Mas vale pensar no que funciona melhor para a realidade da sua família.
Uma dica importante: não é indicado condicionar o recebimento da mesada aos estudos. As crianças e adolescentes devem entender que a escola é um investimento em seu futuro, jamais pode ser colocada em segundo plano. Então, evite recompensar a realização de tarefas e trabalhos em dia, dedicação do dia a dia e assim por diante.
Não cobre muito dos seus filhos
É papel dos pais orientar os filhos a seguir os melhores caminhos, sim. Mas a intenção de incentivar a educação financeira é dar mais autonomia e consciência no uso do dinheiro. Então, não fique em cima o tempo todo cobrando relatório sobre gastos ou quaisquer explicações.
Deixe que eles sintam confiança para conversar com você sobre isso e demonstre abertura para que procurem a família sempre que tiverem dúvida. O ambiente tranquilo e menos controlador é mais favorável para a compreensão das boas práticas na organização das finanças.
Ensine a poupar
Por fim, mostre que não é necessário gastar toda a mesada só porque a tem disponível. É interessante que seus filhos façam a conexão entre poupar dinheiro e conquistar sonhos ou objetivos. A compra de um livro ou um brinquedo, por exemplo: eles não precisam depender de pedidos insistentes ou presentes de aniversário quando têm esse valor guardado.
O conceito de investimento não precisa ser complexo nesse primeiro momento. Em forma de brincadeira (nos moldes da gamificação na educação), dá para incentivar a manutenção de um cofrinho, que "pede" uma quantia todos os meses para sua sobrevivência. Diante dessa geração mais digital, há bancos que já oferecem contas para o público infanto-juvenil, em que os pais podem enviar a mesada todos os meses.
Quando bem planejada, a mesada pode ensinar muito sobre o uso inteligente dos recursos financeiros. Os seus filhos passam a entender a relação de dinheiro e aquisições, a importância das economias e do planejamento para a realização de seus objetivos. Isso sem falar que aprendem a definir prioridades e que nem sempre é possível ter tudo.
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