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Como falar com os filhos sobre consentimento e por que é importante?

O diálogo sobre consentimento é algo recente e que já é trabalhado nas escolas por meio de projetossocioemocionais. Porém, nas famílias, ainda é um ponto que deixa a desejar. Isso porque muitos dos pais não tiveram essa pauta como algo importante em sua infância e adolescência, então falar sobre esse assunto com os filhos requer estudo e atualização.No entanto, essa é uma pauta relevante tanto para meninos quanto para meninas. No momento em que conversamos com nossos filhos sobre relacionamentos e sexo, é significativo que ela também entre como um aspecto importante.Se você quer saber mais sobre consentimento e ver algumas dicas sobre como abordar esse assunto, veja nosso conteúdo!

O que é consentimento?

O consentimento ocorre quando uma pessoa concorda de forma voluntária com a proposta de outra, ou seja, ambas as partes decidem chegar a um objetivo comum a partir da clara manifestação da vontade.

Como as escolas trabalham o consentimento?

Atualmente, as escolas já ensinam para as crianças o que é consentimento desde cedo nas pequenas atividades em que são levados a fazer convites para os coleguinhas, como “quer brincar comigo?”, ou “posso segurar a sua mão?”. Cabe ao interlocutor dizer "não" ou "sim" e ter a sua resposta respeitada pelo coleguinha.Além disso, eles são levados a desenvolver a empatia, a perceber sinais de desconforto no outro colega e a perguntar “você quer parar?”. Aprendem também a cuidar do próprio sentimento e a dizer, por meio da comunicação não violenta, quando estão desconfortáveis e desejam sair do ambiente.Em momentos como esses, as crianças aprendem a respeitar o próximo, a se colocar no lugar do outro e a compreender a si mesmas e as suas emoções. Nesse contexto, a linguagem é a maior ferramenta, por isso, a prática de verbalizar é tão importante.

Como falar com os filhos sobre consentimento?

dentro de casa, a questão do consentimento é uma novidade para muitos pais, mas é algo que pode ser trabalhado desde a infância até a adolescência.Nesse contexto, é muito importante que saibamos reconhecer e respeitar algumas escolhas da criança. Afinal, muitas vezes insistimos para que elas beijem ou abracem parentes mais próximos, mesmo que elas recusem. Se agimos dessa forma, obrigando-as a ter essa interação física, demonstramos que não podem tomar decisões acerca do próprio corpo.No entanto, sempre é tempo de falarmos sobre consentimento e podemos ensiná-las sobre esse conceito independentemente da fase. Veja abaixo dicas importantes para abordar o assunto!

Ensine como sair de situações desconfortáveis

Precisamos deixar claro que situações desconfortáveis aparecerão. Afinal, a criança ou o adolescente encontrará pessoas que não sabem escutar um “não” e podem se sentir ofendidas. Porém, mesmo que a outra pessoa se decepcione, é importante respeitar o próprio corpo e a própria vontade, deixando claro a resposta negativa, caso seja adolescente.Se ainda for uma criança, é relevante ensiná-la a expor as suas decisões e explicar que, quando uma situação embaraçosa surgir, além de dizer como se sente no momento, é importante sempre falar com um responsável de confiança sobre o ocorrido.

Seja direto e simples

Às vezes, costumamos fazer muitos rodeios durante a conversa, mas isso não é algo interessante. Procure ser direito, explique o que é consentimento, por que ele é importante e quais são as consequências de agir desrespeitando a vontade de outra pessoa ou tendo a própria vontade desrespeitada.

Ensine sobre a importância das palavras "não" e "pare"

Por muito tempo, as pessoas diziam que poderiam insistir diante do “não” alheio, pois isso era considerado “charme”. Essa é uma colocação que caiu por terra nos últimos anos, visto que as crianças e os adolescentes estão compreendendo que o “não” é uma negativa e expressa o fim de uma colocação. Já o “pare” demonstra que algo está desconfortável e não deve continuar, mesmo que uma das partes ainda queira.

Não force a criança a beijar e a abraçar outras pessoas

Quando nossos filhos ainda são pequenos, muitas pessoas pedem beijos e abraços. Como foi assim que aprendemos, costumamos insistir que eles cedam à pressão alheia, tendo a própria vontade desrespeitada. A partir do momento que conhecemos mais sobre consentimento, sabemos a importância de ter as nossas decisões ouvidas.Sendo assim, não insista para que seu filho beije ou abrace em momentos que ele não deseja. Você mesmo pode dizer a outra pessoa: “no momento ele não quer, mas carinho é bom quando vem naturalmente, certo?”. Dessa maneira, você encerra o assunto e seu filho tem o próprio corpo respeitado.

Ajude na criação de empatia

Para respeitarmos o próximo, é importante que saibamos nos colocar em seu lugar e perceber, por meio da leitura corporal, os seus possíveis sinais de desconforto. Por isso, se seu filho ainda for pequeno, você pode usar imagens para ensiná-lo sobre as expressões faciais e os sentimentos. Ter essa clareza é muito significativo para compreender o que se passa com o outro e consigo mesmo.

Ensine a pedir permissão

Pedir permissão é fundamental quando estamos entrando em um espaço que não é nosso. Por essa razão, ensine seu filho a dizer “eu poderia...?", “seria possível…”?, “podemos…?”, entre outras colocações importantes. Assim, ele conseguirá deixar o seu colega mais confortável para dizer "sim" ou "não".

Converse sobre as partes do corpo

Muitas vezes, tratamos o nosso próprio corpo como um tabu, mas é importante fazer o possível para deixar essa ideia de lado e ensinar nossos filhos a lidar com o próprio corpo e a se responsabilizar por determinadas partes que são íntimas e não devem ser tocadas por outras pessoas sem autorização.Por isso, ensine-os a tomar banho e a lavar suas partes íntimas. Muitas vezes, quando pequenos, eles precisarão de ajuda. Nesse momento, diga: "posso lavar as suas costas?. Se por algum momento ele se recusar, respeite ediga: "legal, é preciso lavar as costas!", e deixe-o tentar essa tarefa por si mesmo.Os pais têm um grande papel dentro desse contexto, pois são eles que levam o exemplo que demonstra como um "não" deve ser respeitado e como o consentimento é necessário para que sejamos capazes de construir relações que nos respeitem e respeitem o próximo.Gostou do nosso conteúdo? Quer receber mais informações como essas? Então siga-nos nas redes sociais e fique por dentro dos assuntos mais pautados na área de educação! Estamos no Facebook, no LinkedIn, no Instagram e no YouTube.

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