Ninguém está imune ao erro, afinal, cometê-lo faz parte da vida e do que significa ser humano. As falhas virão eventualmente, portanto, os pequenos precisam aprender desde cedo como equilibrar as suas emoções e lidar com a autocobrança, em especial o medo de errar.
Essa questão tem uma forte influência sobre a vida adulta. Por isso, para garantir que as crianças se desenvolvam de maneira saudável, é fundamental mostrar a elas que, apesar de tudo, as falhas trazem oportunidades e possibilidades — tanto de aprendizado quanto de amadurecimento.
Se o assunto desperta o seu interesse, continue a leitura deste post. A seguir, vamos mostrar como é possível ajudar o seu filho a superar o medo de errar e se tornar um adulto mais confiante no futuro. Confira agora mesmo!
Acompanhe sem cobranças
A cobrança em excesso nunca é legal, sobretudo para as crianças. Em muitos casos, esse exagero expõe os pequenos a uma carga emocional intensa, gerando estresse, mal-estar e, claro, o medo de errar. O resultado disso? Possivelmente uma vida adulta baseada na autocobrança e na necessidade de atingir padrões irreais. Ruim, não é mesmo?
Por isso, o ideal é trocar a cobrança pelo acompanhamento. Decerto, é preciso mostrar aos pequenos a necessidade de encarar as suas responsabilidades com seriedade e de cumprir os seus compromissos, mas é necessário demonstrar paciência, amor e acolhimento. Então, acompanhe em vez de cobrar e acolha em vez de criticar. Essa prática fará toda a diferença para o futuro de seu filho!
Naturalize o erro
As crianças precisam compreender que errar faz parte da vida. Ninguém está imune aos erros, como falamos. Eventualmente eles vão acontecer, mesmo com pais e responsáveis tentando a todo custo superproteger os seus filhos. As falhas, na verdade, fazem parte do processo de aprendizagem e são fundamentais para o processo de desenvolvimento do ser humano, sobretudo na infância.
Assim, é preciso estimulá-las a apreciar essa jornada de aprendizado, de tentativas e acertos — seja em casa, seja na escola, seja enquanto praticam esportes etc. E quando as cobranças chegarem, mostre ao pequeno que elas podem funcionar como um estímulo para dar o seu melhor sempre.
Além disso, muitas vezes, os acertos chegam com planejamento, esforço e após superarmos algumas dificuldades. Explique ao seu filho que as falhas representam uma oportunidade de aprendizagem, são parte importante da nossa jornada e que não há motivo para ter medo de errar.
Evite a superproteção
A superproteção não ajudará o seu filho a superar o medo de errar. Em vez de evitar o sofrimento, essa atitude acaba por frustrar ainda mais a criança. É compreensível e natural que pais e mães queiram poupar os seus filhos de tudo, mas ao privar o pequeno da chance de errar e acertar sozinho, de ser curioso e se defender, mostramos a ele que ele não é capaz.
Portanto, é importante ensinar as crianças a serem autoconfiantes e autônomas todos os dias. Precisamos explicar que as falhas acontecerão, mas que é possível superá-las e encontrar soluções sem a intervenção de um adulto.
Valorize o esforço usado pela criança
A valorização do esforço é primordial para a construção da autoconfiança das crianças. Cada ação e descoberta importam e devem ser reconhecidas, sobretudo quando os erros ocorrem. Por exemplo, se o pequeno foi reprovado em uma disciplina, mas estudou bastante e se esforçou, é preciso valorizar esse empenho e incentivá-lo a continuar tentando.
Existe um lado positivo em toda situação. Mesmo que não possamos mudar algo, sempre há o amanhã e a possibilidade de aprendermos, de nos reinventarmos e nos percebermos de maneira diferente. É isso que o seu filho precisa compreender. Afinal, os erros podem ocorrer, mas é preciso arriscar e se esforçar para conseguir alcançar os objetivos almejados.
Evite comparações
O medo de errar também surge quando comparamos demasiadamente as crianças. Seja entre familiares, seja entre amigos, as comparações acarretam inseguranças e um comportamento de autocobrança nocivo que pode se sustentar até a vida adulta. Na verdade, ser diferente é normal — e não faz sentindo comparar pessoas, pois cada indivíduo é único e tem potencialidades diferentes.
A fim de que o pequeno compreenda melhor as diferenças ao redor, vale a pena estimulá-lo a realizar atividades em grupo também fora da escola. Você pode preparar uma tarde de atividades e deixar que ele receba alguns amigos em casa. Ou, ainda, matriculá-lo em aulas de teatro, natação ou ginástica artística. Essas atividades são excelentes para aumentar a socialização.
Ensine pelo exemplo
Os pequenos enxergam os seus pais como modelos a serem seguidos, principalmente na infância. Por esse motivo, é primordial lembrarmos sempre que as vivências da criança são momentos de pura aprendizagem. Buscando adultos como referência, ela observa e aprende e, a partir disso, descobre maneiras de se expressar e se comunicar.
Se você demonstra irritação e descontrole ao lidar com situações banais, por exemplo, mostrará a seu filho que o mundo é um lugar difícil e frustrante e que a vida nunca corresponde às suas expectativas. A partir daí, há probabilidades de ele reproduzir o seu comportamento, tendo reações negativas diante de vários casos semelhantes. Já pensou nisso?
Muitas vezes, pais e mães erram por quererem acertar ou por não saberem lidar com uma determinada situação. A verdade é que não há um manual que nos mostre como é possível ensinar pelo exemplo sem cometer erros, mas se recordamos de nossas vivências e da importância delas para aprendermos a encarar o mundo, talvez possamos ser melhores para os pequenos.
Este foi o nosso post sobre como ajudar o seu filho a superar o medo de errar. Lembre-se de que a infância requer uma alta atenção e colaboração dos pais, de modo que as crianças possam construir a autoestima e a autonomia logo cedo. Acompanhá-las nessa fase, sempre com muita paciência e amor, vai ajudá-las a se tornarem adultos resilientes, saudáveis e realizados.
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