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Colégio Arnaldo adapta ensino e garante alfabetização de crianças durante a pandemia

Uma série de ações foram adotadas pela instituição de ensino para garantir que os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental encerrem o ano letivo alfabetizados.

Em março, a pandemia do novo coronavírus suspendeu em todo o país as atividades escolares presenciais e as escolas precisaram se adaptar e oferecer o ensino remoto. Com o Colégio Arnaldo, em suas unidades Funcionários e Anchieta, não foi diferente. Rapidamente a instituição de ensino desenvolveu diversas ações com o intuito de garantir o aprendizado dos alunos. E um dos maiores desafios enfrentamos pelos educadores foi a alfabetização e letramento das crianças.

Para garantir o aprendizado dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, crianças de 6 e 7 anos, o Colégio Arnaldo desenvolveu uma estratégia para atender a demanda de todos os alunos, conforme explica Daniele Marques, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental Anos Iniciais da Unidade Funcionários. “A nossa primeira ação foi realizar uma sondagem com os alunos em pequenos grupos para levantar o nível de alfabetização de cada um deles. Depois, dividimos as turmas em grupos de acordo com o nível dos alunos, levando em consideração o ponto de desenvolvimento de cada um deles”. Outra iniciativa do Arnaldo foi a criação de plantões de alfabetização. “Após o horário da aula, os alunos tinham 40 minutos de atendimento com os professores. Assim, o educador tinha a oportunidade de trabalhar estratégias específicas para atender a demanda de cada aluno. Os atendimentos foram realizados de maneira individual ou em pequenos grupos”, ressalta Daniele.

Um dos maiores desafios para a educação das crianças é mantê-las atentas no ensino remoto. “Prender a atenção dos pequenos durante o ensino remoto é desafiador. Por isso, os professores desenvolveram atividades lúdicas e interativas para despertar nas crianças o interesse em participar da aula”, garante Daniele. Após oito meses de atividades remotas, os números comprovam que as ações adotadas pelo Colégio foram assertivas. “Hoje, 99% da turma está alfabetizada. São crianças que estão lendo e escrevendo com autonomia. A missão foi cumprida. O Colégio não cruzou os braços e criou estratégias para trabalhar as habilidades com os alunos. E todo o tempo estamos repensando essas estratégias em prol do desenvolvimento dos nossos estudantes”.

No início das atividades remotas, os pais se mostraram apreensivos, sentimento que ficou para traz. A advogada Natália Drummond é mãe da Laura, de seis anos, ela conta que o receio da filha não aprender este ano foi superado. “Foi uma adaptação um pouco complicada. Mas os professores conseguiram trazer o conteúdo de forma lúdica e o maior desafio foi a questão da disciplina. Mas com o apoio do Colégio isso foi superado”. Natália garante que não houve perda para filha com o ensino remoto. “Essas crianças já nasceram com a conectividade, para a minha filha o celular sempre existiu e a tecnologia sempre foi presente. Minha filha já pega um livro sozinha e lê. Não houve perda para ela na questão da alfabetização. O que se perdeu é a socialização presencial, mas não houve perda da qualidade do ensino”.

Para o futuro, Natália acredita que o ensino híbrido será o caminho. “Enxergo o futuro da minha filha no ensino híbrido. O contato social é importante. Por isso, acredito que o futuro será de atividades presenciais e remotas. O desafio para nós pais é nos conectarmos com essa nova geração. A minha filha é de uma geração que aprende muito fora dos ambientes tradicionais. Cada indivíduo tem uma necessidade diferente, nem toda criança aprende da mesma forma. E o Colégio Arnaldo enxergou isso e conseguiu trabalhar as dificuldades da minha filha, mesmo em uma sala com 28 alunos”, diz a advogada.

Para Cristhiane Moraes, coordenadora do Colégio Arnaldo Unidade Anchieta, a interação ao vivo entre alunos e professores foi um importante fator para garantir o sucesso da alfabetização. “Implementamos oficinas de alfabetização em pequenos grupos e individualmente com o intuito de propiciar ao aluno o avanço que ele precisava. E sempre respeitando o tempo de tela”. A educadora ressalta que a participação dos pais foi fundamental para o processo. “Os pais colaboraram muito e foram muito parceiros durante todo o período. Outro aliado nosso foi o aplicativo Thoth, nele avaliamos a linguagem escrita das crianças. Os alunos receberam o acesso pelo APP e a família orientava quais passos deveriam ser seguidos. Com isso, visualizamos com está o desenvolvimento da escrita de cada um deles. E o balanço foi muito positivo. A maioria dos alunos está com um nível de escrita bem avançado”.

Atualmente, o Colégio Arnaldo está trabalhando no planejamento para 2021. “Os professores estão reunidos para criar o planejamento para o próximo ano. Posteriormente, os professores que acompanharam os alunos este ano repassam o nível de aprendizado para os professores que vão acompanhar as crianças em 2021. Assim, eles avaliam quais habilidades precisam ser retomadas no início do próximo ano. Mas é importante destacar que não se trata de dois anos em um, 2020 não foi um ano perdido. É apenas uma revisão de conteúdo”, conclui Cristhiane Moraes.

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