O equilíbrio entre incentivar os estudos e promover a independência pode ser um grande desafio para muitas famílias. Com uma certa frequência, as crianças solicitam ajuda para realizar as tarefas escolares e nem sempre os pais sabem até que ponto devem colaborar para a execução dessas atividades ou quando dizer “não”, no intuito de promover a autonomia.O que é aconselhável fazer para ajudar as crianças em suas atividades escolares? Como incentivá-las a agir de forma autônoma sem negligenciar o envolvimento com o estudo dos filhos? É sobre esse tema que vamos falar neste post. Se você também tem essas dúvidas, continue a leitura!
Qual é a importância da participação da família?
Os educadores não negam a importância da família para o pleno desenvolvimento dos estudantes. Pesquisas mostram que o desempenho dos alunos melhora quando os pais acompanham as notas, apoiam a instituição de ensino, proporcionam um ambiente adequado aos estudos e chamam a atenção de seus filhos, se necessário.Os dados também mostram que excessos nesse acompanhamento podem prejudicar o desempenho dos estudantes. Quando a família supervisiona e ajuda demais nas tarefas escolares, ela impede o desenvolvimento da criança e a construção da autonomia. Além disso, quando os pais realizam as atividades no lugar de seus filhos, eles se sentem, na verdade, incapazes. Isso impacta negativamente na recepção das novas situações de aprendizagem.A palavra-chave quando o assunto é interferência nas tarefas escolares é equilíbrio. A família não pode negligenciar a vida escolar do(a) aluno(a), mas também não deve controlar todas e quaisquer ações.A criança precisa receber responsabilidades cada vez maiores à medida que se torna apta a cumprir esses deveres, afinal, o papel dos pais é principalmente orientar, estabelecer metas e se colocar à disposição para ajudar a solucionar dificuldades, desde que isso não signifique assumir atribuições do professor ou do(a) próprio(a) estudante.
Como os pais podem incentivar os alunos na hora de realizar as tarefas da escola?
Há muitas maneiras não invasivas de incentivar seus filhos nos estudos. Elas vão auxiliar na superação das dificuldades da criança e a aumentar a autonomia na hora de estudar. Se você quer ajudar, mas não sabe exatamente o que fazer, basta conferir as dicas que selecionamos!
Estimule a aprendizagem
A família pode proporcionar o estímulo adequado ao bom desempenho escolar de várias maneiras. O primeiro e mais efetivo é o próprio exemplo. Quando a criança vê as pessoas que a cercam lendo e investindo na aquisição de novos conhecimentos, ela passa a admirar essas atitudes e a imitá-las. Também vale a pena conversar, estabelecer metas desafiadoras (mas realistas) e oferecer algum tipo de encorajamento.
Estabeleça uma rotina apropriada
Além do incentivo por meio de palavras, a criança precisa sentir que sua família proporciona um ambiente adequado à realização das tarefas escolares. É importante que haja um horário para estudo dentro da rotina da criança, e esse período deve ser respeitado até mesmo pelos pais.O local onde o(a) aluno(a) faz essas tarefas também é fundamental. Crie um espaço apropriado, silencioso e supervisione para que ele esteja sempre organizado.
Elimine distrações na hora das tarefas escolares
Uma das principais maneiras de ajudar os filhos nas suas tarefas é eliminando distrações. Oriente-os para deixarem os dispositivos eletrônicos fora da área de estudo e não permita que irmãos ou outras pessoas atrapalhem esse momento. Assim, a criança tem condições de se concentrar, realizar as atividades mais rapidamente e obter um melhor aproveitamento.
Envolva-se nas atividades escolares
Acompanhe o que acontece na escola em que a criança estuda. Participe dos eventos sociais, culturais, comunitários e, principalmente, esteja presente nas reuniões de pais e mestres. Converse sobre a situação de seu(sua) filho(a), sua postura em sala de aula e peça aos professores dicas sobre como potencializar os resultados.
Estimule a leitura
Além de desenvolver habilidades específicas relacionadas à linguagem, leitura e escrita, os livros são poderosos para favorecer a aprendizagem de uma forma global. Eles estimulam o raciocínio e a imaginação, ampliando o repertório de conhecimentos dos estudantes e fazendo com que eles tenham bagagem para compreender outros assuntos.Faça da livraria e da biblioteca locais de diversão e conhecimento para a família inteira. Leve seus filhos a esses ambientes, permita que eles escolham obras de acordo com seu gosto e a faixa etária e incentive a leitura desses livros em casa. Também é válido despertar o interesse pelo conhecimento por meio da tecnologia.
Converse sobre os temas abordados em sala de aula
O interesse é um grande propulsor para a aprendizagem, mas é muito difícil para um(a) estudante se manter motivado(a) quando não vê conexão entre o que estuda na escola e a vida real. A família pode mudar essa percepção conversando sobre esses temas, fazendo uma ponte entre os fatos do dia a dia e o conhecimento construído na escola.
Valorize a autonomia
Muitas vezes a necessidade de ajuda pode ser proveniente de uma certa carência ou insegurança, mas estimular a independência e a autonomia é essencial para que ele(a) se torne um adulto capaz de tomar suas próprias atitudes sem depender do aval dos outros.Assim, se seu(sua) filho(a) consegue realizar as tarefas escolares sozinho(a), não deixe de reconhecer sua autonomia. Parabenize a criança, diga que se sente orgulhoso(a) de seu desempenho e que ela é capaz de superar outros obstáculos. Isso a tornará cada vez mais confiante e apta a cuidar de suas próprias tarefas.
Destaque aplicações práticas
Em um mundo cada vez mais dinâmico e cheio de informações e acontecimentos, pode ser difícil captar o interesse dos estudantes com assuntos teóricos demais. Muitos deles questionam a utilidade prática de alguns assuntos e acreditam que aquilo nunca mais será usado posteriormente.Para minimizar essa sensação, você pode trazer esses conhecimentos para a vida real. Leve as crianças para um passeio na natureza e mostre animais e plantas estudados nas aulas de biologia, por exemplo. Faça experiências, seja construindo coisas ou até mesmo cozinhando. Com certeza isso vai aguçar o interesse delas e melhorar o entendimento.
Trace metas realistas e alcançáveis
As metas são excelentes motores para manter o(a) aluno(a) sempre motivado(a). No entanto, quando você estabelece algo quase impossível de alcançar, o efeito pode ser o inverso. Se o(a) estudante está muito abaixo da média em determinada matéria, por exemplo, criar uma meta na qual ele(a) precise tirar nota máxima pode ser extremamente desanimador. Por outro lado, ficar um pouco acima da média já é um objetivo mais realista.Estabeleça metas possíveis e razoáveis. Os adolescentes sabem o que eles querem e o estilo de vida que desejam. Se o(a) seu(sua) filho(a) adora praticar esportes todos os dias, estabelecer uma meta diária de 6 horas de estudo não vai funcionar. Encontre um meio-termo. As metas devem ser desafiadoras, mas precisam fazer sentido tanto para os pais quanto para os filhos, caso contrário, não serão eficientes.
Não ofereça recompensas
É muito comum que, para estimular o(a) estudante a tirar uma nota alta ou estudar mais, os pais façam promessas como presentes ou viagens. Por mais que isso funcione e tenha um efeito imediato, não é nada saudável para o desenvolvimento de crianças e adolescentes.Essa prática cria a ilusão de que, para estar motivado(a) para os estudos, é necessária a promessa de uma recompensa. Estudar é uma necessidade, e nem sempre vai haver uma recompensa naquele momento. Na verdade, os benefícios vão muito além dos bens materiais: eles aparecem em forma de sucesso profissional e competência.
O que fazer se o(a) estudante não consegue realizar as tarefas escolares?
Em primeiro lugar, a família precisa entender o contexto dessa dificuldade. Se a criança mudou de escola recentemente, por exemplo, é possível que ela não tenha aprendido conceitos prévios que interferem no seu rendimento na instituição atual. Nesse caso, é importante providenciar ajuda temporária, como a de um professor particular, até solucionar essas lacunas.Analise ainda se essa dificuldade é pontual, em uma ou duas matérias, ou se vale para todas elas. É muito comum que o(a) estudante tenha mais aptidão para determinada área do que para outras ou tenha menos afinidade com os métodos de um professor em específico. Tudo isso pode ser solucionado com alguns ajustes.Se esse não é o caso e mesmo assim a criança não consegue realizar as tarefas escolares, o ideal é estabelecer um diálogo com a instituição. Os professores e a equipe técnica — coordenador(a), orientador(a) e psicólogo(a) escolar — podem analisar o desempenho do(a) aluno(a) em sala de aula, ajudar a identificar possíveis dificuldades de aprendizagem e encaminhá-lo(a) a profissionais que avaliem essa possibilidade com ferramentas apropriadas. A Academia não tem psicólogo.Finalmente, é importante que a família proporcione um bom suporte emocional à criança. Dessa forma, ela sentirá que tem um ambiente apoiador, no qual pode expressar suas dificuldades livremente. Essa comunicação fluida contribui para detectar a verdadeira origem do problema e encontrar a melhor solução.Na maioria das vezes, o pedido de auxílio recorrente para as tarefas escolares é desnecessário. As crianças gostam e se sentem seguras com essa ajuda, mas dificilmente precisam de toda essa mobilização. Funciona como uma bicicleta de rodinhas: se os pais permitirem, seus filhos vão utilizar esse recurso durante toda a vida, afinal, é bastante prático e confortável contar com a segurança oferecida pela família. Quando as rodinhas são retiradas, eles se equilibram e conseguem continuar a trajetória sozinhos — o que é muito gratificante.Gostou de saber um pouco mais sobre o assunto? Você tem dicas para ajudar seus filhos nas tarefas escolares, sem prejudicar a autonomia deles? Compartilhe-as no espaço reservado para os comentários, contribua e participe dessa conversa![rock-convert-cta id="1488"]Veja os temas mais comuns no módulo III do PismO terceiro ano do Ensino Médio, época do PISM 3, costuma ser um momento de apreensão e nervosismo para os estudantes. Esse tempo é marcado pela conflitante divisão entre o último ano de estudos escolares e o ingresso em uma universidade.Essa mudança deixa os alunos psicologicamente vulneráveis, uma vez que traz a quem ainda está na adolescência dilemas profissionais típicos da vida adulta. Trata-se de uma fase cuja adaptação pode ser um pouco difícil.Para contribuir ainda mais para o estresse, os estudantes são submetidos a diversos exames vestibulares e enfrentam a grande competição por vagas em universidades públicas e privadas.Neste artigo vamos falar de um desses exames, o módulo III do PISM. Leia até o fim, saiba quais são suas especificidades e por que ele é considerado menos estressante do que os vestibulares convencionais!
O que é e como funciona o PISM?
O Programa de Ingresso Seletivo Misto é um tipo de análise progressiva dos candidatos a vagas no vestibular. Ele avalia o progresso dos estudantes ao longo dos 3 anos de Ensino Médio, sendo, portanto, menos estanque.Esse modelo é adotado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e acontece todos os anos, assim como os vestibulares convencionais, mas de um modo diferente. O candidato realiza três provas, uma ao final de cada ciclo do Ensino Médio.Essas provas são constituídas de questões objetivas e discursivas, ou "abertas" e "fechadas", como são mais conhecidas pelos estudantes.O motivo do programa ser realizado dessa forma é que é possível perceber a evolução do(a) aluno(a), incentivando sua regularidade nos estudos. Assim, quem tem rendimento ruim ao longo do Ensino Médio e tenta recuperar o tempo perdido estudando às vésperas do Enem, por exemplo, certamente não terá bom desempenho no PISM.Nesta série de artigos, dividimos as dicas do programa em 3 textos diferentes. Hoje, vamos abordar o PISM 3, como é conhecido o conteúdo do exame relativo ao terceiro ano do Ensino Médio.
Em quais temas focar os estudos para o PISM 3?
A exemplo do que fizemos nos artigos anteriores, vamos tentar transmitir a lógica avaliativa do exame em vez de nos determos na prova de cada disciplina, o que ficaria muito extenso.Vale mencionar, no entanto, que o módulo III do PISM é diferente dos módulos I e II na sua estrutura. Nos dois primeiros, é possível encontrar questões objetivas e discursivas de todas as disciplinas. O terceiro módulo, por sua vez, é quando o candidato escolhe o curso cuja vaga vai pleitear, e as perguntas abertas da prova se resumem aos tópicos e às disciplinas específicas desse curso.
Matemática, Física e Química
Nessas três matérias da área de exatas, é importante dar atenção aos detalhes, especialmente nas questões discursivas. Isso acontece porque o PISM 3 tradicionalmente exige dos candidatos a memorização de algumas fórmulas, diferentemente de outros vestibulares, que demandam raciocínio lógico.Logo, vale a pena dedicar um tempo de estudo para aprendê-las, atentando a que situações algébricas cada uma delas se aplica. Decorar essas fórmulas vai ficar mais fácil se você montar esquemas comparativos em tabelas, por exemplo.
Literatura e interpretação de textos
Vista como vilã por muitos candidatos, a interpretação de textos é requisito para pontuar bem em qualquer disciplina, mas é especialmente exigida nas provas de Português e Literatura. O melhor jeito de se preparar é com um grande volume de leitura.Nas provas discursivas, é cobrado do(a) aluno(a) o uso hábil da língua portuguesa na construção argumentativa das respostas. Isso pressupõe concatenar bem as ideias e envolve o conhecimento e a aplicação de verbos e advérbios, reforçando a coerência e a coesão do texto.
Biologia
O conteúdo dessa prova é muito variado, englobando temas tão díspares quanto o ciclo menstrual, hormônios e anatomia celular. A genética também aparece em peso na prova de Biologia do PISM 3, com assuntos como as expansões da genética mendeliana, tipos de heranças sexuais e alterações cromossômicas.
Como se preparar no dia do PISM?
Tão importante quanto os estudos é estar física e mentalmente preparado no dia do exame. Cansaço e estresse podem botar tudo a perder, então separamos algumas dicas para que eles não atrapalhem o seu rendimento. Confira!
Descanse no dia anterior
Sempre há aquele tópico que ficou para a última hora ou aquela fórmula que você não decorou. Acontece que tentar recuperar o tempo perdido no último dia antes da prova pode ser muito prejudicial para o seu desempenho. Em vez disso, que tal dedicar esse dia ao descanso?Lembre-se de que ter equilíbrio e raciocínio claro é muito melhor do que acumular mais alguns conceitos e sobrecarregar a sua capacidade mental.Nem sempre a quantidade de tempo dedicada aos estudos é a melhor opção. A qualidade da preparação e do descanso também conta muito para ir bem no exame, e você só vai consegui-la com tranquilidade e uma boa noite de sono.
Evite o excesso de expectativas
Pensar ou se preocupar excessivamente, principalmente no dia da prova, gera estresse e pode baixar a sua autoestima. Da mesma forma, é comum que as conversas com outros candidatos façam você sentir que está despreparado.No dia do exame, é melhor ignorar dados e estatísticas, evitando se comparar aos colegas. Com isso, você se mantém imune à tensão e ao nervosismo que tanto prejudicam os candidatos.
Se possível, acorde mais tarde
Se o exame não for muito cedo, tire mais tempo para o sono da manhã. Nossa capacidade cognitiva aumenta muito quando dormimos bem, e se você aliar isso a um bom café da manhã, vai garantir o seu melhor rendimento.O último ano do Ensino Médio é naturalmente tenso. Logo, é importantíssimo se preparar para o PISM 3, mas evitar o excesso de ansiedade e expectativas. Esperamos que essas dicas tenham ajudado você a refletir sobre o assunto para colher os melhores resultados.Se quiser saber mais sobre o PISM, não deixe de conferir algumas dicas gerais sobre o funcionamento desse exame e seus métodos avaliativos. Quando o que está em jogo é a nossa carreira profissional, conhecimento nunca é demais![rock-convert-cta id="1488"]